Nannotyrannus |
No final dos anos 80, há cerca de 30 anos atrás, fora encontrado uma espécie de Tiranossaurídeo, mas que seria pequena em comparação ao T-rex. Além disso, teria sido contemporânea do mesmo.
Por se tratar de um parente pequeno do T-rex, nomearam o mesmo como Nannotyrannus, algo como "Tirano pequeno", sendo cerca de 3x menor que o parente mais famoso (alcançando 3m de comprimento por 2m de altura), tanto em altura quanto em comprimento.
Os restos mortais do dino apontavam para um Tiranossaurídeo descoberto por volta dos anos 40 (1942-1946), por Charles Gilmore, o *Gorgosaurus lancensis, quando mais de 4 décadas depois, Bob Bakker, juntamente com outros especialistas, escavaram um espécime que era idêntico ao espécime de 1942 e chegaram a conclusão de que era um animal adulto, simplesmente se baseando no fato de que os ossos do crânio estavam todos fundidos, colados(como acontece com os humanos também, por isso o perigo de bebês baterem suas cabeças).
A partir desse momento até os idos de 2001-2005, o Nannotyrannus era um Tiranossaurídeo pequeno que dividia a paisagem Cretácea com o T.rex. Com a descoberta do famoso fóssil de T.rex conhecido como "Jane", que se tratava de um animal jovem, praticamente idêntico ao Nannotyrannus descoberto há tempos, chegou-se a conclusão de que seriam o mesmo animal, e assim, sendo, apenas um T.rex jovem.
Novas pesquisas e ressonâncias apontavam "Jane" como um animal ainda jovem e sustentavam o Nannotyrannus como uma espécie diferente, mas muito parecida, quase idêntica.
O Fóssil "Jane" |
Até que em 2015 novas descobertas de um Nannotyrannus completo o suficiente, apresentava braços medindo cerca de 91 cm de comprimento e apresentando ossos nas mãos tendo a metade do comprimento dos das mãos de "Sue", um T.rex de 13 metros quando em vida.
E daí? E daí que essas diferenças nos ossos dos braços e nas falanges já distinguiriam o animal como um genus diferente, afinal ele teria braços mais longos em comparação ao corpo, algo comum em ancestrais do T.rex e Tarbossauro. Aliado a isso surgem outras analises apontando que o posicionamento dos vasos sanguineos e das inserções do nervo ótico são bastante distintas, o que fatalmente confirmariam o Nannotirano como um outro animal. Mas ainda existe a possibilidade de serem o mesmo animal em várias fases da vida, já que as dimensões e formas dos crânios do T.rex poderiam variar conforme se desenvolveriam.
Nannotyrannus teria sido um dos mais velozes carnívoros |
[*] Vale um adendo aqui - O Gorgosaurus lancensis e o Gorgosaurus libratus teriam sido espécies que chegaram a ser confundidas durante muito tempo com o Albertosaurus sarcophagus, de tão similares que seriam. Assim seriam 3 espécies de Albertossauro e não uma. Porém, mínimas diferenças nas estruturas do crânio e alguns ossos reconsideraram o animal como sendo diferente do "primo" mais famoso. Porém muitos colocam o Gorgosaurus com sinônimo de Albertosaurus, só que durante sua juventude.
Diplodocus |
[CASO 6] Seismosaurus x Diplodocus: Dois saurópodes diferentes ou apenas uma espécie maior do outro?
O Diplodoco é um dos mais famosos dinossauros saurópodes do mundo, a ponto de que desde sua descoberta, abriu uma família dentro da vasta gama de saurópodes conhecidos, os Diplodocídeos, conhecidos pelas longas caudas que terminariam em um "chicote", talvez usado para repelir ataques de predadores em uma batalha pela sobrevivência.
Amplamente estudado e conhecido, o Diplodocus carnegii viveu há cerca de 152 milhões de anos atrás, alcançando ao redor de 30 metros de comprimento, mais de 14 deles somente da cauda (o que daria o comprimento de um Giganotossauro, por exemplo) e alcançando entre 15 e 20 toneladas.
Ok, não é o maior, mas certamente um dos mais famosos e peculiares tipos entre os dinos.
Estes formidáveis animais porém, não seriam tão grandes comparados aos seus parentes Seismosaurus, que teriam sido, segundo sempre rezou "a cartilha do bom especialista" os mais compridos animais a terem um dia pisado na Terra (mas não os maiores).
Seismosaurus: O mais longo dino? |
Segundo seu descobridor, David Gillette, ele teria encontrado o maior dos grandes saurópodes ao se basear nos fósseis escavados, mas ainda não montados, alcançando entre 40 e 52 metros de comprimento total por mais de 50 toneladas, sendo o maior membro da Família dos Diplodocídeos.
Essa afirmação teria surgido devido ao fato de que ao olhar para as vértebras caudais (elas, sempre elas causando confusão) do enorme monstro, ele pensava se tratar de alguma parte da metade da cauda, o que tornaria o animal mais longo e muito mais pesado, quando na realidade, aquela seria a parte mais grossa por estar perto dos quadris do animal.
No fim das contas o animal teria por volta de 32 a 36 metros de comprimento, sendo completamente mais leve e mais modesto do que em comparação com as estimativas iniciais que rondavam os mais de 40m.
Comparações dos fósseis |
Porém, já não bastasse a ampla redução no tamanho, evidencias surgiram e apontaram que ele não apenas era da mesma Família do Diplodoco, como também era um Diplodoco. Era certamente maior e mais pesado, sendo que as diferenças entre os dois apenas o colocariam como uma outra espécie de Diplodocus, porém maior.
Considerando todo o contexto da Taxonomia, Diplodocus era e é um nome mais famoso, muito anterior e demasiadamente usado,, assim sendo, o Seismosaurus hallorum não existe mais, em mais um caso de "Nomen Oblitum", passando a ser conhecido como Diplodocus hallorum, espécie maior de um genus conhecido como Diplodocus, onde atualmente temos *duas espécies de Diplodocus: hallorum e o clássico carnegii.
Diplodocus hallorum |
[*] Mais um adendo: Não estamos considerando ainda as espécies longus e lacustris, por se tratarem de outros casos de "nomen dubium" ou ainda de genus diferentes, podendo, respectivamente, pertencerem ao longus e talvez ao Camarasaurus. Vale também ressaltar a confusão entre Supersaurus e Seismosaurus, que seriam o mesmo animal, agora convertidos em Diplodocus.
Por hoje é isso.
Voltaremos no próximo post para encerrar o assunto.
Até breve!
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